Foto de família ‘estendida’ marca último dia da 17ª Cúpula do Brics
Mais de 30 chefes de Estado participaram do registro oficial nesta segunda-feira (7), no Museu de Arte Moderna. Último dia do evento inclui debates sobre meio ...

Mais de 30 chefes de Estado participaram do registro oficial nesta segunda-feira (7), no Museu de Arte Moderna. Último dia do evento inclui debates sobre meio ambiente e saúde global. Cúpula do Brics no Rio de Janeiro Ricardo Moraes/Reuters O começo do 2º e último dia da 17ª Cúpula do Brics foi marcado, nesta segunda-feira (7), no Rio de Janeiro, pela tradicional foto de família — agora com os “agregados”. O registro foi feito no salão principal do Museu de Arte Moderna (MAM) e contou com a presença de 35 chefes de Estado e de governo, entre membros permanentes e parceiros do grupo. Após a foto oficial, teve início uma sessão plenária com foco em meio ambiente, saúde global e na COP-30, que será realizada em novembro, em Belém (PA). Embora o Rio tenha amanhecido com garoa, a escolha por fazer a foto no interior do museu já estava prevista desde o início da organização, e não foi motivada pela instabilidade climática. Além dos membros plenos — Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã — também participaram da imagem representantes de países parceiros como Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão, e convidados especiais, entre eles Chile, Uruguai, Vietnã, ONU, OMS, OMC, Banco de Desenvolvimento do Brics (NDB) e União Africana. O novo clique completou simbolicamente o que a foto de abertura da cúpula, feita no domingo (6), não conseguiu registrar. A Arábia Saudita, um dos membros permanentes do Brics, acabou ficando de fora do primeiro retrato oficial. O ministro das Relações Exteriores saudita, Faisal bin Farhan Al Saud, constava na lista de autoridades confirmadas, mas a delegação não compareceu à primeira sessão. O motivo da ausência não foi divulgado. Na sequência do registro oficial, os chefes de Estado participaram de uma plenária dedicada a temas centrais da cooperação internacional, como o enfrentamento das mudanças climáticas, a saúde global e a preparação para a COP-30, que acontecerá em novembro, em Belém (PA). A pauta reforçou o compromisso do grupo com soluções conjuntas entre os países do Sul Global. Há também expectativa para a divulgação de duas declarações temáticas específicas: uma sobre o combate às mudanças climáticas e outra sobre a erradicação de doenças socialmente determinadas. Até agora, apenas Cuba, Bolívia e Malásia aderiram formalmente a esses documentos. Ainda hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve dar uma declaração à imprensa, almoçar com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e encerrar sua agenda no Fórum Empresarial Brasil–Índia, no Museu do Amanhã. O retorno a Brasília está previsto para as 17h. O que ficou decidido até agora? No domingo (6), os países divulgaram a declaração final da cúpula, com duras críticas ao sistema multilateral atual. O documento defende mudanças no FMI, no Banco Mundial e no Conselho de Segurança da ONU, além de condenar ataques ao Irã — sem mencionar diretamente os Estados Unidos. O texto também reafirma apoio à criação de um Estado Palestino. O que é o Brics? Criado em 2009 por Brasil, Rússia, Índia e China, o Brics passou a incluir a África do Sul em 2010. Hoje, o grupo é composto por 21 países do Sul Global — nações em desenvolvimento da América Latina, África, Ásia e Oceania que se articulam para cooperação em áreas como economia, saúde e meio ambiente. Além dos fundadores e da África do Sul, são membros permanentes: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Já Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão participam como nações parceiras. Chile, Uruguai, Vietnã, a ONU e a OMS foram convidados.